Viajar para a China ficou mais fácil para os brasileiros. O governo chinês anunciou a prorrogação da política de isenção de vistos até dezembro de 2026, permitindo que cidadãos do Brasil entrem no país sem precisar de visto para viagens de curta duração. A medida faz parte de um esforço do governo chinês para fortalecer o turismo internacional e facilitar o intercâmbio entre países, abrangendo atualmente 45 nacionalidades.
Além do Brasil, a lista inclui países como França, Alemanha, Itália, Espanha, Portugal, Japão, Argentina e Chile, entre outros. A ampliação da isenção demonstra o interesse da China em retomar o fluxo de turistas e viagens de negócios após o período de restrições sanitárias e fronteiras fechadas.
Como funciona a isenção de vistos
Durante o período de isenção, brasileiros portadores de passaporte comum podem entrar na China sem visto para finalidades específicas, como:
- Turismo
- Negócios
- Visitas a familiares e amigos
- Intercâmbio
- Trânsito internacional
A permanência máxima permitida é de 30 dias por entrada. É importante destacar que a isenção não se aplica a quem pretende trabalhar, estudar por longos períodos ou residir no país. Nesses casos, continua sendo necessário solicitar o visto correspondente junto às autoridades chinesas.
Além disso, mesmo com a isenção, o viajante deve cumprir todos os requisitos migratórios exigidos, como apresentar passaporte válido, comprovação de hospedagem, passagem de retorno e, se solicitado, meios financeiros para a estadia.
Como era o processo antes da isenção
Antes da implementação da política de isenção, brasileiros que desejavam visitar a China precisavam solicitar um visto no Consulado ou Embaixada da China no Brasil. O processo envolvia uma série de etapas burocráticas e documentos obrigatórios.
Entre os principais requisitos estavam:
- Passaporte com validade mínima de seis meses
- Formulário de solicitação de visto preenchido
- Foto recente no formato exigido
- Reserva de voos e hospedagem
- Carta-convite (em alguns casos)
- Comprovantes financeiros e de vínculo empregatício no Brasil
Além da documentação, o solicitante precisava agendar atendimento presencial em um dos Centros de Solicitação de Visto da China, localizados em cidades como São Paulo e Brasília.
O custo do visto variava conforme o tipo e a urgência, mas, em média, um visto de turismo (categoria L) custava entre R$ 460 e R$ 550, sem contar taxas adicionais de serviço. O prazo de análise costumava levar de quatro a sete dias úteis, podendo demorar mais em períodos de alta demanda.
Com a isenção, esse processo deixa de ser necessário para viagens de curta duração, tornando a entrada no país muito mais prática e econômica.
Motivos e impactos da prorrogação
A decisão de prorrogar a isenção até dezembro de 2026 faz parte da política chinesa de abrir suas fronteiras e incentivar o turismo internacional, um setor que ainda se recupera após a pandemia. A China vem registrando um aumento gradual no número de visitantes estrangeiros desde 2023, e a expectativa é que a medida impulsione ainda mais esse movimento.
Para o Brasil, a medida também representa uma oportunidade para estreitar laços comerciais e culturais. A China é o principal parceiro comercial do país desde 2009, e o intercâmbio entre os dois países tem se expandido em diversas áreas, incluindo educação, tecnologia e turismo.
Além disso, o turismo chinês desperta cada vez mais o interesse dos brasileiros, que buscam conhecer destinos icônicos como Pequim, Xangai, Chengdu, Guilin e a Grande Muralha da China. Com a eliminação do visto, a tendência é que o número de turistas brasileiros cresça nos próximos anos.
Atenção às regras
Apesar da facilidade, é essencial respeitar os limites da política de isenção. Quem ultrapassar o período permitido ou tentar exercer atividades não autorizadas pode sofrer penalidades, como multas, deportação ou restrições futuras de entrada no país.
Portanto, antes de embarcar, o viajante deve verificar se seu propósito de viagem se enquadra nas condições da isenção e manter todos os documentos em ordem.
Conclusão
A prorrogação da isenção de vistos para brasileiros até dezembro de 2026 representa um avanço significativo na relação entre Brasil e China, facilitando viagens, negócios e intercâmbio cultural. A medida elimina custos e burocracias que antes desestimulavam parte dos turistas, tornando a experiência muito mais acessível e convidativa.
Para quem planeja explorar o país asiático, esta é uma excelente oportunidade de aproveitar um dos destinos mais fascinantes do mundo — agora com menos papelada e mais liberdade para viajar.
